Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.
Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido.
Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo.
Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar!"
Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida.
Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.
Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.
Parece fácil: "escrever a respeito das coisas é fácil", já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado.
Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.
Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.
(Lya Luft)
A importância que há na leitura feita de uma obra literária nos torna mais sensíveis e reflexivo sobre nossas próprias vidas. Nas entrelinhas, sempre dá para perceber que há sempre um pouco de nós, o texto literário nos leva para um passado bem remoto e mostra o nosso recôndito mais profundo e sentimentalizado. Afinal, quem somos? De onde vimos e para onde iremos? Qual nosso propósito aqui na terra? O porquê de nossas indagações? Por que a humanidade se mata e mata a todos? Falta o AMOR! Toda insensatez e humilhação que possamos passar é fruto do desamor, da falta de se auto-conhecer, é fruto de uma cultura mal ensinada, é fruto da falta de fé, pois quem ama tem Deus no coração. O ser humano amado é tocado, ele se arrepia, ele chora, ele é capaz de se tornar fraco diante de Deus e forte diante do oponente.
Espera-se que o homem tenha consciência para ser homem e se auto-julgue antes de ser julgado ou antes de julgar alguém. Espera-se que o homem tenha a fé de que Cristo está em primeiro lugar em sua vida, deve viver a seu lado, deve conter-se e simplificar-se, deve mostrar seu rosto e dizer “Senhor, estou aqui e peço-te para que oriente meu destino, pois vivo em ti e para ti, senhor!”
Literatura é uma das fomas de se interpretar o mundo a nossa volta. É deixar a imaginação fluir ou viajar. É permitir que estamos prontos para a transformação da recriação do mundo. A literatura é feita para você, para mim e para todos aqueles que gostam de ler, para aqueles que chegam ao êxtase do prazer de deleitar-se com uma história lida.
A literatura transforma vidas. Ela é as duas faces da vida humana: o real e o irreal. Ela é irreal quando, entre suas linhas, se aprende a sonhar. Ela é real quando ela nos mostra a vida como ela se nos apresenta como ela é no dia-a-dia.
É por meio da literatura que conhecemos os grandes homens das letras. Homens que arrancam de nós nosso precioso tempo para nos deleitar sobre suas escrituras românticas. Quem escreve e lê é mais feliz hoje em dia. Então, vamos ler mais literatura!!!!
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