quarta-feira, 11 de agosto de 2010

11 de agosto homenagem ao dia do estudante

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PARABÉNS, ESTUDANTE !!!!

As homenagens são para aqueles que estudam mesmo, sejam pobres, ricos, negros e brancos, estudantes em vários idiomas e de várias nações do mundo. Estudantes jovens e velhos, aqueles que abandonaram e retornaram aos estudos, aqueles que estão apenas começando, aceitem as minhas e as nossas homenagens neste dia 11 de agosto.

Há diversos tipos de estudantes. Há aqueles que realmente se destacam por realmente serem identificados e caracterizados como estudantes. Há aqueles que apenas tem o título de estudante porque possuem matrícula em alguma instituição de ensino e pretendem apenas ganhar uma carteira de estudante para pagar meia passagem nos coletivos na locomoção para o trabalho. O excesso do cansaço de trabalho o faz desistir de estudar. Há os que tem méritos próprios por sua dedicação e zelo pelos estudos e por meio deles alcançam graças e metas famosas como por exemplo, passar num vestibular, conseguir ser aprovado em um concurso público para almejar cargos com gloriosos salários. Refiro-me aqui aos superdotados de inteligência exuberante ou autodidatas, pessoas tipicamente independentes que trazem em si atitudes natas que os levam a tomar suas próprias decisões: é isto mesmo o que quero, quero vencer. Há ainda aqueles que estudam porque os pais os obrigam pelo simples pretexto de que os filhos devem estudar para serem gentes que os pais não conseguiram ser, ou seja, realizar os sonhos dos pais. Coitados!!! estes ficam furiosos, irritam-se com seus próprios destinos amargos, pois ficam a mercês das decisões dos pais e não conseguem se libertar das algemas dos mesmos por ja estarem dominados. Isso acontece geralmente com os jovens oprimidos por nunca terem traçado metas de futuro e os pais os controla idealizando um futuro para eles e não para os filhos.

Mas será que os que estudam realmente aprendem alguma coisa em cada aula? Quem nos garante que a aprendizagem ocorra somente para com aqueles que estudam e vivem ocupando espaços escolares? Ao contrário, pode-se dizer, hoje em dia, diante da grande e imensa diversidade de conhecimentos que está em torno do ser humano, aliado ao sistema tecnológico, uso frequente da internet e outras mídias acessiveis às informações, a sociedade está meio que dividida. Até mesmo um porteiro ou vigia de uma escola poderá ser um mediador do saber e das informações armazenadas pelo simples hábito de ler jornais, visitar sites interessantes e conectar-se com o mundo na busca incessante de conhecimento em todas as áreas do conhecimento humano.

Trata-se portanto de uma nova cultura do saber. Daí dizer que o mundo é que nos ensina, que é vivendo que se aprende, isto é, não precisamos necessariamente estarmos em contato com os livros para descobrirmos tantas verdades científicas, temos que experimentá-las e vivenciá-las. Há pessoas idosas  e sem nenhum grau de escolaridade que diz não trocar sua experiência de vida por nenhum estudo adquirido pelos mestres escoalres, e por que? Como resposta podemos citar as gandes divergências pelas quais passa a educação atual. Que tipos de mestres estamos formando e que tipos de aulas poderemos ter, consequentemente que tipos de estudantes iremos ter ou estamos tendo.

Por experiência própria, cito como os alunos se comportam em sua sala de aula, numa aula de língua inglesa, por exemplo: ficam desatenciosos, batendo papo uns com os outros e a gente chamando sua atenção para a aula que eles já não acham mais interessante. E quando falo em interessante, refiro-me às várias e diferentes técnicas de ensino, com aulas para serem maravilhadas, bem planejadas, recheadas de atrações e ludicidade. Para eles, o que é lúdico e atrativo é chegar em casa, abrir uma TV ver seus programas preferidos, abrir seu computador ou irem para uma lan house e sentir-se libertos para usar o orkut e escrecer o que quiserem e utilizarem qualquer linguagem livre que não seja jamais a chata língua portuguesa aprendida ou passada nas aulas de português.

Mesmo assim, ainda devemos homenageá-los por seu dia. Vejam o quanto nos enganamos a-tóa! Eles, digo, os estudantes, adoram o dia que não tem aula, eles adoram quando um professor falta, adoram um feriado, adoram férias, enfim, será que eles também não vão adorar o seu dia? Como se sentem? Sentem-se estudantes. Apenas no nome, porque na prática, eles não estudam. Eles nos enganam e nós nos enganamos também, fazendo educação de luxo e de homenagens vis. Na verdade, os estudantes não passam de caçadores de passatempo. Passam o tempo inteiro na escola, esperando o tempo passar para chegar em casa e despir-se de uma espiritualidade vã e correr para o que tem de melhor: o ócio. Quando chegam ao término do ensino médio, não sabem nem escrever uma redação sobre eles mesmos. Os mesmos erros que praticam na linguagem vulgar e corriqueira do orkut, são transferidos para sua composição, empobrecendo-a, desclassificando-o na hora de participar de um concurso ou disputar uma vaga de trabalho qualquer no mercado profissional. Isto é uma vergonha! Vergonha para nós que fazemos a educação dos jovens do século atual, vergonha para os pais que não conseguiram ser mais interventores nas atitudes desenfreadas de seus jovens, vergonha para um país que diz ser brasileiro e que carrega em seus pilares da educação toda uma carta magna repleta de leis ostentadas pelos parâmetros curriculares do ensino básico, que outorga o saber fazer, saber aprender fazendo, o saber ser pela construção do próprio fazer. Então, pergunta-se: quem merecem as homenagens desse dia? A quem devemos chamar de estudante? E eu respondo atentamente que a EDUCAÇÂO dos nossos antepassados fez efeitos mais positivos. Os mais antigos participantes dos grupos escolares merecem nossas homenagens como verdadeiros estudantes. A bem da verdade, podemos citar os grandes heróis da literatura brasileira. Hoje ou amanhã quem estarão deixando legados literários se estamos formando pessoas leitoras de orkut e de e-mails? Quem irão se tornar magistrados, quem irão tornar-se doutores aptos a mostrar capacidades e competências em suas áreas de estudo? Quem irã demonstrar avanços na medicina, quem irá avançar nas invenções se estamos no século das grandes destruição, não somente dos bens materiais, mas também do próprio ser humano que se desculturaliza e se desumaniza por esvaziar-se de seus valores em substituição e apego a novos valores efêmeros?

Estamos no auge de nos tornarmos virtuais, era digital, era do não pensar e do não calcular e do não escrever e ler. Estamos diante de uma nova era que se descortina para perdermos nossa própria identidade cultural. Somos uma nação que gostamos de repetir o que os outros fazem e gostamos de tudo muito prático. Somos preguiçosos. Então, se é tão difícil prestar atenção numa aula chata de um professor chato, decorar fórmulas e regras para a prova de português, ler um livro paradidático para a execução de uma prova de interpretação e de escrita, sabendo que o mundo a minha volta está repleto de facilidades, vou querer o mais cômodo para mim, ou seja, vou me rebelar contra estas bobozeiras de aulas conteudistas e vou fazer o que é melhor: curtir muita preguiça e curtir a minha juventude.

Caro aluno estudante, caro amigo que estuda, homenageio-te por tu serdes um ser capaz de ser transformado a partir de uma nova consciência. Parabéns por seu dia, mas meus parabéns são para os que te dão o rumo certo das coisas certas. Acredite que um dia tudo possa mudar para melhor e que depois dessa mudança o caos em que se encontra hoje nossa educação seja convertido em uma educação de primazia e muita eficiência. Tudo só depende de nós. Somos todos responsáveis pelas mudanças no mundo. Você é o futuro de uma nação. Pense, reflita e reconheça que a educação ainda não é para todos. O país só terá uma educação digna quando abraçarmos os níveis de igualdade entre os irmãos. As desigualdes sociais impedem que sejamos educados para o mundo. O sistema educacional visa apenas e tão-somente os salários almejados pelos profissionais da educação. Não há governantes preocupados com o desenvolvimento intelectual de um povo. O povo é o povão. Este sim, inculto e agressivo, está submisso a patrões que mandam e roubam-lhe o que tem de mais rico: humildade e paciência.

Recomendo depois dessa leitura no meu blog, que façam uma reflexão e resgatem um passado sólido e cultural. Leiam mais e escrevam mais. Estudem, assistam às aulas e tentem parecer com seus pais.

Vamos fazer uma educação para um povo consciente e esclarecido. Vamos deixar de ser alienados à cultura do pouco fazer e do faz de conta que faz, vamos deixar de ser preguiçosos e supérfulos. Como serão as novas gerações?

PARA FINALIZAR, PENSE NO SEU FUTURO . NÃO HÁ VITÓRIAS SEM LUTAS.

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