A Escola Dionízia Rocha de Morais, conforme proposta pedagógica do projeto DENGUE NUNCA MAIS levou seus alunos a uma caminhada em volta da comunidade adjacente, com fins numa prática educativa para observar possíveis focos do MOSQUITO DA DENGUE.
Nessa caminhada e durante a mesma, podemos detectar que a comunidade é totalmente desconhecedora da prática de higiene pública. Viu-se vários recipientes de garrafas descartáveis afundados na areia próximo as suas residência, bem como, outros achados, como embalagens de outros produtos e rótulos, sacos prlásticos, etc.
Logo se conclui que o povo, ou melhor, as famílias dos nossos alunos, de modo geral, não tem o conhecimento e nem a informação sobre os perigos que esses materiais estão acarretando-lhes futuramente, no que se refere à proliferação desses resíduos que armazenarão as larvas do mosquito da dengue e servirão como locais fortuitos que possibilitarão o nascimento descontrolado desse inseto cuja picada já tem feito muitas vítimas fatais.
A bem da verdade, essas pessoas precisam ser informadas e orientadas sobre o assunto dengue embora alguns tenham acesso às mídias.
Devemos combater a Dengue, fazendo contínuas campanhas como esta feita pela nossa escola em que ateamos cartazes nas mãos das crianças, gritamos, entoando paródias, cujas letras estavam sendo contra a ação desse maldito mosquito que chegou até nós para nos fazer um grande mal.
Conversamos pouco com a comunidade durante a caminhada porque mais parecia que todos ainda se encontravam dormindo em seus lares e por isso tiveram pouca participação. Alguns nos serviram água de suas casas para matar a sede das crianças, mas pouco falavam ou emitiam opinião a respeito do assunto, que parecia ser comum a eles, porém de pouco interesse em intervirem.
As crianças, cada vez mais que se aproximavam de suas casas ou das casas dos amigos delas, ficavam empolgadas, apontando-as para que pudéssemos olhar com atenção estas moradas. Algumas nos levavam até suas casas para nos servirem a água.
Depois da caminhada, foi sentido o cansaço e a fome nos meninos. Viu-se também que os mesmos perderam a concentração de se manterem em filas para adentrarem à escola de volta.
Fotos foram tiradas para registrar a ocorrência do dia. Podia-se ver bem a empolgação das crianças em quererem participar, lembro bem, que de início, alguns apressavam os passinhos em direção a sua casa, alguns até mesmo corriam e tínhamos que impedí-los que fizessem isso para evitar que caíssem e até mesmo se sujassem nas lamas, e como tinha lamas. A tia Rosângela, chegou a quebrar sua sandália ao pisar os pés em uma delas.
Pois bem, ao adentrarem a escola, todos baforidos de cansados, tiveram seus banhos, seus lanches e voltaram aos estudos das disciplinas em sala de aula. Imaginem como foi o dia pra essas crianças! Durante o descanso, não queriam mais acordar! Foi ótimo o nosso passeio e teve a participação de todos que fazem a escola de tempo integral Dionízia Rocha de Morais. Acreditamos que essa caminhada nos trará bons frutos, pelo menos de termos conscientizado metade dessa comunidade que estiveram nos dando água para nossas sedentas crianças.
Esperamos ter contribuído para uma educação informativa de grande relevância para nossa comunidade do Jenipapeiro e para os que estão em seu entorno. Sabemos que esse passeio por si só não se basta, é necessário introduzir outras estratégias metodológicas que possam atingir a todos de modo geral com mais nitidez, para consolidar as informações mais acessíveis, fazendo-as chegarem nos ouvidos desse povo jenipapeirense sem nenhuma dúvida, para que os mesmos saibam respeitar-se a si mesmos, no que se refere à proteção, prevenção contra as doenças e a preservação e controle da saúde como um todo, ou um bem patrimonial humano e orgânico.
Agradecemos, desde já, a participação dos nossos professores e do grupo gestor nessa atividade conjunta que nos deixou de uma certa forma, felizes e realizados, pois é uma ação não muito fácil, deslocar todos os alunos por via transitada de carros em alta velocidade com responsabilidade e compromisso de um dever cumprido.
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