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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

PROFESSOR CONTRATO TEMPORÁRIO

 

 

 

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A EDITORA SARAIVA ME ENVIOU HOJE UM CARTÃO, PRESTANDO HOMENAGENS AO DIA 15 DE OUTUBRO COM O SEGUINTE TÍTULO: 15 DE OUTUBRO – DIA DO CONSUMIDOR CONSCIENTE. A homenagem postada levava esta figura inserida acima mais estes dizeres. Confesso que ao ver a mensagem, fiquei contente, pensando que fosse uma homenagem em prol do dia do professor. Agora, acabei de entender que o nosso dia foi trocado imbecilmente por outro feriado: dia do consumidor consciente. Dá vontade de rir bastante com os micos que a gente paga.

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Veja outro mico que passei hoje dia 14 de outubro, às vésperas do nosso dia. Havia muitos dias que eu havia planejado ir à SEDUC saber como andava o andamento de um mês de salário (primeiro do ano) que eu não havia recebido na conta-corrente bancária. Já havia pedido que o Sr. diretor da escola onde trabalho à noite fosse à Seduc para saber do paradeiro desse tal dinheiro. Este sempre voltava, dizendo que, segundo as pessoas do atendimento, tudo constava direitinho de que o pagamento já havia sido feito. Acontece que eu continuei duvidando deles por não ter conseguido ver nenhum extrato na internet que me levasse a crer que era de fato verdade.

Fui à Seduc hoje, e ao chegar lá na SEFOR, conforme fui indicada para falar com um moço chamado Paulo. Este, de cara, ao checar meu número de matrícula, foi logo dizendo que faltava um pagamento do mês de abril e logo me recomendou que eu falasse com o pessoal do RECURSO HUMANO. Ao chegar no recurso humano, falei com a pessoa indicada por Paulo. Esta, ao checar meu número de matrícula, foi logo dizendo que eu tinha dois números de matrículas. Eu falei que não. Ela repetiu que sim. Então ela deduziu que eu estava parada no primeiro número de matrícula, é como se constasse que eu não trabalhasse pra SEDUC. Depois de tanto escancarar as duas matrículas, foi que ela percebeu que estava prestando serviços para o ESTADO. No final, colocou-me o seguinte texto oral: tudo foi pago a você bem direitinho. Aqui consta que você recebeu seu salário de abril numa folha suplementar. Eu, então, lhe perguntei: por que não há extrato na internet? Ela, então, respondeu-me: pagamento em folha suplementar não é emitido o extrato. Estranho é que não nos participam sobre isso e me fizeram eu passar mico por eu ter perdido meu tempo indo lá. Por que eles não disseram isso para o diretor? Você vai na SEDUC e leva um dia para chegar lá e voltar pra casa.
Imaginem, caros leitores, que MICO não paguei indo num lugar lá no inferno da pedra para ter uma notícia tão sem sentido. Eu que acompanhei minha conta bancária durante o mês de maio, não vi esse dinheiro caindo na conta. Estranho é que conferi e vi no extrato do banco o tal valor que a SEDUC emitiu. Eu achei que fosse pagamento feito de outro bico que tenho na educação. Custava esse povo nos informar à distâcia para evitar de fazermos uma viagem tão longa e tão d esnecessária como esta? É meu (minha)  amigo (a), isso é o que o professor temporário passa no seu dia-a-dia. Imaginem que se isso iria acontecer com o efetivo, jamais.

 

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Analisei o meu tempo de serviço pelo Estado com o rapaz chamado Zaqueu e este esteve me orientando para eu chegar até o INSS e exigir deles todo omeu tempo para averbação no municipio de Horizonte, cidade onde sou concursada com cargo efetivo de professora de língua inglesa. Este me falou que vai ser uma burocracia contar meu tempo de serviço já que tem um período de tempo que nossos salários eram emitidos pelo CREDE e não em folha de pagamento como hoje é feito. Ele informou também que quando a um professor o pagamento é feito incluindo deferenças de atraso de pagamento, o mês anterior, referente a este pagamento, fica para todo efeito caracterizado como se eu não tivesse  sido exercido atividade alguma pro Estado, portanto não é contado como tempo de serviço. Tem toda uma burocracia existente para desfavorecer o miserável do temporário. A mesma pessoa me alertou que meu contrato desse ano se iniciou em abril de 2010 e terminará em março de 2011. O que ocorre é que o ESTADO convoca os concursados em época de transtorno político e corta o tempo do contrato dos temporários, desprezandos eus serviços, nos deixando a mercê de aguardar vagas remanescentes para uma suposta relotação ainda neste ano. Que vergonha e que grande falta de respeito!!! Quando eles precisam de nós, sabem bem nos tratar bem e quando não estão precisando, nos dão um ponta-pé certeiro.

 

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Na SEDUC, por estes tempos, vi mudanças repentinas: antigamente, todas as funcionárias com mais de 50 anos nos tratavam stressadas e com humilhação. Hoje, parece que fizeram cursos de relações humanas, estão nos tratando com gentilezas falsas e perceptíveis. Também, decidiram dar uma sacudida no pessoal mais velho e o substituíram por jovens terceirizados. Juro por Deus, que estou pasmen com tanta mudança, mas o que precisava ter mudado no entanto era a parte informativa, era encurtar a distância da SEDUC em relação ao servidor que mora no Conjunto Ceará como eu, por exemplo.

Só de temporária tenho 12 anos que estou na educação do Estado. Hoje, penso em contar meu tempo para colaborar com minha aposentadoria. Vejam bem, caros leitores, você que é a favor ou contra as mudanças danosas que acontecem nas leis da educação, o que acha de uma pobre miserável como eu indo atrás na SEDUC no dia 14 de outubro de um mês de pagamento que se perdeu na minha memória e na minha conta-corrente bancária. Este mês era referente ao mês de abril desse ano. Por que estou indo nessa data tão distante? Falta de tempo. Quem vive em sala-de-aul não tem tempo nem pra escovar os dentes direito ao sair de casa pro trabalho.

´Já escutei falar de pessoas com contrato temporário igual ao meu, casos que trabalharam até mesmo poucos anos pro Estado, o puseram na justiça, ganharam a causa e hoje estão efetivos no EStado. Será isso verdade? Perguntei ao Zaqueu e este me disse que não é possivel isso, se não todos os contratados temporários teriam que ser efetivados. Fiquei cismando sozinha ao vê-lo me dizendo isso. Será que ele tem a verdade na boca se ele não passa de um empregado que tem apenas 5 ou 6 anos de serviço no local.

 

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Vou mais além da minha humilhação de temporária. Ao ser enviado o novo professor concursado para a escola onde trabalho pela noite, foi dada a mim a incubência de trabalhar mais 15 dias pra frente que era para eu dar suporte pedagógico ao novo professor que estava chegando a casa de ensino. Que tipo de suporte é este? Ensiná-lo a planejar, ensiná-lo a lidar com os alunos, a conhecer a realidade dos alunos que não aprendem nada e não fazem absolutamente nada para se promoverem em termos de qualidade de aprendizagem, ensiná-lo a elaborar, creio que uma instrumento de avaliação. Por fim, vi que a idiota era eu, que ficava trabalhando em sala e ele todo cu doce sentado na sala dos professores coçando o saco. Decisão minha definitiva nos últimos dias de escola: pus duas declarações do TRE lá e pensei: “…quero ver se esse cara num entra em sala de aula?”. Ele estava ganhando até mais que eu pra não fazer nada. Dá vontade de chorar!!!

Na SEDUC, fiz a seguinte pergunta: “Quando é que vamos poder pedir lotação novamente?” A moça do atendimento respondeu: “Agora não, por causa desse fuxico de lotação dos concursados.” Venha em novembro! Isso foi o que ela disse pra nos conformar da humilhação que estamos passando. Cristo! Como seria justo meter o ESTADO na justiça e dar cabo dessa pouca vergonha que fazem com os coitados dos professores temporários.

Na escola onde trabalho, desculpa eu não citar o nome, porque pretendo manter a ética, já estão discrimando os temporários com a mudança nas caixas que são guardados os diários de classe. As pastas dos futuros efetivos são mantidas com um visual que marca sua efetivação e sua duração definitiva na escola, enquanto que as pastas pertencentes aos temporários, são escritas com pincel, cuja tinta se evapora da pasta durante o manuseio da mesma, ou seja, não tem muita validade por ser de um temporário, fácil de apagar porque será substituída por outro professr que será da REDE. Eu fiz a seguinte pergunta à moça da secretaria: “Por que estas pastas estão diferentes? E ela me respondeu que era porque as mais alinhadas eram dos professores da REDE e as outras eram ainda dos temporários. E ela me perguntou? Você é da REDE? E eu, com certo ar de engraçada, bem humorada e crítica, lhe respondi: “Não sou da REDE e nem sou nem mesmo do TUCUM, nem da CAMA, eu num chego nem nos punhos da REDE que dirá, dentro da REDE. E ela achou muita graça e disse: “Valha, eu pensei que tu fosses da REDE!”. Dá vontade de chorar e de rir de nós mesmos. Quanta vontade que tenho de vingar minha própria sorte desse desafeto que o ESTADO ou até mesmo o pessoal da REDE faz com a gente TEMPORÀRIA.

Você, que também é um professor por tempo determinado, junte-se a nós e nos mostre qual é a melhor sugestão para acabar definitivamente com esta discriminação que sofre o temporário e que tipo de luta é possível para nos fazer merecer nossos direitos de trabalhadores que levam pé na bunda de vez em quando. Se você conhece ou conheceu alguém, de verdade, que tenha aberto um processo contra o EStado, se deu certo ou não, nos diga como fazer isso.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

THE TEACHER’S DAY

 

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Todos os anos são assim: comemora-se o dia do professor com cartõezinhos, lembrancinhas singelas, com beijos queridos dos alunos, com palmas carinhosas, com mensagem surpresas, bolos, presentinhos como canetinhas, bloquinhos de papéis para anotações, agendas, livros, calndários, etc. Quem não se envaidece de ser professor? Quem não se satisfaz com as mil homenagens feitas aos professores desde os tempos mais remotos? quem não passa o ano inteiro esperando por este dia para ser parabenizado? Quem não chora quando a homenagem é cheia de agradecimentos? Quem não se arrepia diante dos abraços entre os colegas professores em uma confraternização simbólica? Quem não aceita um almoço luxuoso em prol dos professores? QUEM GOSTARIA DE SER PROFESSOR? NINGUÉM. 

 

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Ninguém mais quer ser professor. Por que? Porque vivemos à sombra de um calvário, de uma via sacra, onde já sepultamos todos os nossos saberes, suores, espinhos e esperanças de ver-nos orgulhosos de sermos professores. Ninguém é sucessor de um professor. Esta profissão está com seus dias contados!

 

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A juventude que passa por nós, professores, nos humilham, dizendo que seus pais não tem estudo e ganham mais que nós. A juventude ver que a rotina de um professor é parecida com a de um ente que não teve outra opção de trabalho. A juventude que enfrenta vestibular não quer cursar uma faculdade que os leve ao magistério. A juventude pensa e não se anima em escolher ser professor porque enxerga a humilhação que o profissional passa para sobreviver do salário que lhe é pago.

Por trás de tudo isso, sabe-se que tem uma jogada política. Entra ano e sai ano e o governo fala em melhoria no salário da educação, fala-se em investir mais na educação para o progresso da humanidade, tornar o BRasil um país em crescimento econônico, sabendo que a economia só terá sucesso com o advindo das melhorias da educação para o povo, ou seja, povo sem educação, país sem condições de crescer economicamente. Mas tudo não passa de especulações baratas para alimentar as esperanças do educador. O governo nãos e preocupa com os problemas da educação no país porque quanto mais pobres de educação as pessoas estiverem, mais fácil será convencê-los a viver na pobreza e aceitar a situação muito caótica em que vivemos.

 

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Quantas pessoas não passam pelo professor! O filho do governador, o padre, o médico, a prefeita, filhos de prefeitos, enfim, todos passam pelo professor e este vai ficando esquecido nas salas-de-aula com seu alto grau de bondade e de paciência. Ainda há alguns que os tem em suas boas lembranças de colégios, mas lembram-se com ar de piedade e tristeza pelo tanto trabalho que tem dado no seu tempo a este profissional amigo e carinhoso.

 

 

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Há muitas falcatruas na educação. Há os que ensinam por amor a profissão, mas há aqueles que ensinam por bicos. Na verdade, o significado de ser professor, hoje em dia, ostenta uma imagem denegrida desse profissional, por já termos uma idéia formulada da profissão ser bico ou aquele que se  apega a ela é porque não tem mais o que fazer ou ainda, não sabe fazer outra coisa. Quem interpreta a educação por este prisma está deixando-se levar pelo desleixo de desvalorizar o que poderia ser valorizado. A falta de motivação para continuar no magistério é um dos problemas que está afetando demais alguns profissionais por conta do rótulo que se criou da imagem de professor.

 

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Antigamente, ser professor era uma profissão mais voalorizada que existia. Os pais criavam seus filhos para se tornarem professores e muitos destes filhos recebiam formação fora do seu país. Para as moças de família, antes de se casarem, primeiro vinha os estudos. Era orgulho para os pais verem seus filhos com os anelões de formatura nos dedos. Era uma satisfação social de muito glamour. Hoje em dia, quem é o pai que aconselha seu filho a ser professor? Nenhum. Até mesmo pais professores não aconselham seus filhos para serem professores porque já sabem o que vão passar.

 

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É frustante e traumatizante falar da vida de um professor. Não tem tempo pra nada. Adoece da voz, ganha problemas de vasculação sanguinea por viver mais em pé que sentado, apanha ônibus cedo da manhã para chegar cedo na escola, não tempo tempo de ir a médico, não pode adoecer, atestado médico apenas justifica falta, mas não paga o dia de trabalho, tem que elaborar aula, corrigir tarefas e provas, passar o final-de-semana atualizando os diários de classe, não agrada a todos os alunos, se fala muito, é tagarela, se fala pouco, é lesada, não tem moral, chega atrasada, se for mulher, para os lunos homens, é atraente e gostosa (jovem), se for homem, para os mesmos alunos, é um boiola, é um pau-no-cú, como eles mesmos pornograficamente o chama, o professor nunca tem razão numa discussão com alunos, a direçãos empre vai ter mais moral que o professor, o aluno não o respeita e nem o obedece, quem manda na escola é os alunos e o dinheiro que os filhinhos de papai pagam quando a escola é em rede privada, se o professor cumpre com sua carga horária de aula, os alunos o chamam de caxias, se não a cumpre, este é o melhor professor, bom mesmo é quando ele falta, comenta-se até que ele deveria adoecer e não vir mais, na sala dos professores, é um inferno: o toque da bendita campainha, avisando-os que já tá na hora de ir pra sala, irradia uma aceleração no sistema nervoso, imagina quando se tem turmas de indisciplinados, estes últimos, teria que tomar um semancol se tivesse uma direção pulso forte, mas às vezes, a direção faz corpo mole para o aluno e é rígida com os professores, ainda na secretaria, há colegas que ao invés de partilhar seus espinhos uns com os outros, buscam a total destruição dos colegas, fazendo galhofas deles, criticando, dedurando, e olhando com desdém os companheiros da mesma via sacra.

 

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Educar, não é o mesmo que criar família. A família tem suas obrigações nos lares para com seus filhos, contudo a escola se extende até ela. O que ocorre é que os pais fazem os filhos, botam no mundo e não os criam, dão para as babás criarem. Da forma como os filhos vêem a frivolidade dos pais, resta-lhes desabafar suas revoltas na sala de aula. Muitas vezes, a rebeldia de um aluno malcriado transforma-se em um homicídio dentro da sala-de-aula. Há alunos que são violentos e além de não respeitarem professores, também não respeitam seus amigos e daí, geram brigas e conflitos que culminam em desordem do psicológico. Fora isso, sem contar que muitos usam drogas e tem vidas plenas de liberdade, usam linguagens pornográficas, gritam com professores, fazem briga e intriga na escola por qualquer coisa, e como conclusão, entende-se que falta a educação chegar até às famílias.  Ela não chegará até às famílias sozinha não, alguém deve ser agente dessa ação e quem poderia fazer isso? Os criadores  de projetos da educação, claro. Tudo vai e volta para o mesmo sentido e a mesma explicação: tudo se resume na criação d e um governo que tenha a consciência de estabelecer e executar ações em direção às metas que queremos atingir. Não adianta falar de ENEM, SPAECE e outros babados relacionados com a educação só para camiflá-la. Sabemos que o governo quer mostrar índices, no entanto, a valorização do profissional fica às margens, apenas nas promessas.

 

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Depois de todo esse desabafo, como é que se pode comemorar o dia do professor, se o que se tem nos olhos são lágrimas para chorar por noites mal dormidas, pelo dinheiro que mal deu para pagar as contas, pelos pés que estão inchados, pela voz que está rouca, pelo cansaço do corpo aquebrantado, pela cabeça que dói.

Senhor governador e ilustres famílias brasileiras, vocês precisam ler mais. Lendo, a gente sabe que só na grande São Paulo um pedreiro está tirando em torno de 2.500 reais por mês, que uma babá está sacando 4.500 reais por mês.

 

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Falemos de nossos salários: não dá nem pra  fazer a feira do mês. Não sei se devo sorrir ou continuar chorando por lembrar que a minha profissão é tão árdua que já me imaginei, trabalhando para o TRE em três turnos para poder folgar no trabalho.

Quando se ama o que faz, aceita-se com humildade os espinhos da profissão, contudo a tristeza dói no final-do-mês: dinheiro escasso demais, o extrato vem descontando INSS e outros, finalizando em quase nada.

 

 

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Os direitos humanos reunem uma carta régia que traz em seu bojo a conscientização da dignidade de um cidadão pleno de realização, não lhe faltando suas necessidades básicas, casa para morar, saúde, educação e lazer. Este último não podemos ter. Temos que trabalhar até às vésperas do Natal e Ano NOVO. Se tirarmos uma folguinha é para curar as doenças resultantes do trabalho escravo. Esta folguina é sempre proveniente de um feriadão quando ocorre. Mas o que se interroga é “cadê o dinheiro para curtir lazer?” O professor fica contando nos dedos para que chegue um feriadão para poder levar os diários de classes para casa e as provas para correção. Duro é ainda pensar que ele não tem oportunidade para continuar estudando para melhorar sua formação. Além de tempo, há a falta do dinheiro. De todo jeito, é uma tristeza celebrar o dia do professor, pois não há motivos para alegrias, apenas para as tristeza.

Tá achando ruim ser professor? Pois vá ser outro profissional qualquer. Você não é obrigado a ser professor. Há ocupações que você faz pouco e ganha muito. Claro que isso pode ser fala do governador. Isso não serve de remédio para sustentar um argumento tão fraco das autoridades da educação.

 

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No município de Horizonte, o sindicato dos trabalhadores abriu uma assembléia com os servidores da educação para votarem nas duas propostas: uma era a festa dos ervidor e a outra a construção do auditório do sindicato. Tínhamo que escolher porque o dinheiro em caixa não dá para a execução dos dois projetos ao mesmo tempo. Ninguém levandtou a mão para votar na escolha da festa dos ervidor. Todos levantaram a mão para a construção do auditório. O que entendi dessa cena ridícula é que os professores não se dão o valor que lhes pertence e que é de direito. Notei também, que eles foram manipulados verbalmente com a desculpa de que o auditório iria nos ervir no futuro para acolher um número maior de servidores nas palestras. Vejam bem, caros leitores desse blog, as palestras entre o sindicato e os professores ocorreme sporadicamente nomunicípio. Senti então que como era do interesse deles, instigaram os ervidores para acatarem com a escolha da construção do prédio. Dá vontade de rir. No mesmo tempo em que vi esta cena, abandonei de imediato o receinto desta reunião (auditório da prefeitura). Vi o quanto é fácil enganar os professores. VI o quanto é fácil dizer pra ele que tudo anda bem. Pimenta nos olhos dos outros é refresco. Mande um membro do sindicato entrar em sala de aula pra ver os desafios.

 

 

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Enfim, vamos comemorar o dia do professor, mas o dia que já foi vivido há muito tempo atrás. O professor de outrora era valorizado e respeitado. Os pais e alunos o tinham como uma referência, uma autarquia. Este, sim, merece os aplausos, este, sim, tinha lazer, tinha carro novo do ano, tinha família no exterior e viajava para o exterior também, este, sim, ocupava um espaço na sociedade nas melhores páginas dos jornais, este, sim, estava em primeiro lugar na vida do aluno, este, sim, tinha moral, este, sim, fazia educação valer, este, sim, trabalhava com amor, resguardando seus domingos e feriados para ir à igreja com a família e não corrigir provas, este, sim, não vivia remoendo, em sala-de-aula para seus alunos o salário que recebia, este, sim, castigava alunos e não era castigado por eles, este, sim, tinha seu reconhecimento e sua dignidade humana pelas famílias e pelos governantes da sua época.

 

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O que mudou tanto? Por que não temos mais uma educação moldada nestes princípios? Porque certamente descuidaram dela, a trataram com desdém, deram prioridades a outros projetos, por sinal, insignificantes. Converteu-se a educação em objeto de terceira qualidade. Outros eventos foram tomando forma e substituindo-a. A tecnologia está aí para substituir o professor (dizem os fofoqueiros). E isso é verdade. Queira Deus que um dia o homem não queira converter Deus em Satanás. De tudo o homem sabe inventar, menos recriar suas mentes, resgatar culturas e valores sociais. Façamos votos que um dia o país se vista em trajes de país desenvolvido, sobressaíndo-se na educação.

Pode-se parabenizar o professor do futuro quando isso ocorrer. Quando…? Quando as galinhas criarem dentes…..KKKKKKK

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

DIA DAS CRIANÇAS

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Antigamente, o dia 12 de outubro era reservado para as comemorações aludidas ao dia das crianças. Hoje, contempla-se a data da santa chamada Nossa Senhora Aperecida. Não se compreende muito as questões de mudanças relacionadas aos feriados no Brasil. O dia 8 de dezembro era feriado do dia de Nossa Senhora da Conceiçãp e agora, não muito tempo atrás, transferiram este feriado para o dia 15 de agosto, dizendo que é um feriado aludido à padroeira de Fortaleza. A gente termina não entendendo nada sobre essas mudanças e essas nomenclaturas de santos porque não nos orientam. Os cearenses são desinformados dessa mudanças, e outra, a gente não sabe nem mesmo o histórico da passagem de vida desses santos, daí dizer que os evangélicos odeiam a adoração de imagens, confesso que eles tem mesmo razão. A gente adora as imagens e desconhece a vida dos santos. Do que adianta ir à igreja e fazer tudo errado? A gente reza, menciona os nomes dos santos e nem sabemos quem foram eles.

 

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Para efeito de conversa neste blog, digo que Dia das Crianças está totalmente disasociado da relação com a santa Nossa Senhora Aparecida. Oxalá, se deva existir, nos dias de hoje, alguma mãe que venha a dizer, mais ou menos assim para seu filho ou filha neste dia “… hoje é o dia de Nossa Senhora Aparecida.” Claro que por ignorância, todas vão dizer que essa data é o dia das craianças e pronto! É dia para se comprar e vender igual o Natal, igual Ano Novo, igual Dia das mães, etc. O que muda? Nada. Apenas porque é a festa dos baixinhos para a XUXA e estes devem ganhar presentes que serão brinquedos. As empresas lucram muito em cima desses feriados e ao contrário, não se reflexiona a data do feriado, como deveríamos reflexionar. Se é um dia de Santo, por que os pais não levam suas crianças às igrejas para rezarem? Não consigo entender muito sobre essas questões, mas alego que me incomoda essa mediocridade do povo ser enganado com a falsa modéstia de que o dia das crianças é lembrado apenas pelas compras de brinquedos. Dá-me tristeza, ver o povo comprando presentes caríssimos para mostrar o amor aos seus filhos.

Há muitos desses pais que se individam bastante por meses ou até mesmo por ano, para mostrar esse amor aos filhos.

Lembro, quando eu era uma criancinha, criada por pais pobres que viviam da agricultura, sem nos faltar nada para comer, porque a terra prometia o nosso enche-bucho, não se falava nesses feriados com o significado de gastos de dinheiro.

 

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Lembro que as famílias se preocupavam em abraçar seus filhos e levá-los a um parquinho de diversão neste dia se houvesse na cidade. Era muita diversão sim e muita animação de pipoca e balões. Havia as cantigas de roda para animar os baixinhos também. Valorizava-se a criança, enquanto criança que brincava, criança que sorria, criança que era feliz, criança que queria brincar de brincar e ser feliz. Hoje, comemora-se o dia, levando às crianças brinquedos que brincam por elas. Elas já não constróem mais as brincadeiras ou brinquedos, elas já tem tudo feito para elas, basta apenas por o dedo num botãozinho e tudo é feito para elas. As crianças não se movimentam mais como as de outrora que pulavam macaca, jogavam bola, brincavam de roda à luz do luar, brincavam de esconde-esconde e hoje, nimguém mais se esconde, não se consegue mais esconder nada para as crianças porque elas sabem mais que nós adultos. Elas vêem mais televisão do que nós, elas comem mais que nós, por isso é que os filhos engordam mais que os pais. A televisão é mestra em apresentar os horripilantes brinquedos eletrônicos que custam os olhos das nossas caras ao comprá-los para os nossos filhos. Isso não é o pior. Ruim mesmo é você comprar um brinquedo caro para seu filho, neto ou qualquer criança e elas destruírem no mesmo dia ou na mesma hora. Foi-se embora o real ou soma de reais que saem dos nossos bolsos.

 

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Dia das Crinaças de hoje não tem mais significado como outrora. Até certo tempo, o Parque das Cranças ou Cidade da Criança em Fortaleza, era considerado o local mais pacífico e aprazível para a criançada fortalezense se divertir, hoje, é transformado num lugar habitado por pessoas que querem molestar as outras como ladrões e outros considerados perigosos. Naqueles tempos, fazia gosto ver os animais que ali viviam. Era um zoológico muito apreciado e procurado pelas famílias que queriam levar seus filhos à tarde para passeio e tudo gratuito. Até que enfim, começaram a aparecer os casais de namorados e virou um antro de prostituição e por fim, local de vagabundos e de inteiro abandono e desleixo por parte das autoridades fortalezenses.

 

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É triste falar assim, mas é a verdade. Hoje, o que nossas crianças tem de lúdico para serem felizes nesta data? Nada. Absolutamente, nada. Pena que essas autoridades tenham esquecido de que um dia foram crianças. Seus filhos menores, netos e bisnetos estão seguramente amparados pelos nossos dinheiros que vivem nos cofres deles e certamente, não terão dias ruins, claro que estes tem seus lugares de lazer na DISNEYLÂNDIA.

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Nós moramos aqui em Fortaleza, mas não temos o privilégio de saírmos com a família para um parque, para o BEACH PARK, por exemplo, e por que? Porque somos coitadinhos que não temos crédito em dinheiro para pagar uma entrada neste parque tão cobiçado pelas crianças por seus belos brinquedos de atração lúdica. Infelizmente, esta é uma realidade que merece ser revista pela prefeita da cidade. Já que ela queria ganhar ponto em suas campanhas eleitoreiras para tornar-se no que se tornou e instituiu a passagem nos ônibus coletivos em cortesias nos domingos e feriados, por que não, abrir espaços gratuitos para as crianças neste parque tão falado e tão desejado pelas crianças?

Então meus caros leitores desse blog, vejo que o Dia das Crianças precisa ser ressignificado, pois se há um dia para ser comemorado, de que forma podemos comemorar se não há recursos financeiros por parte de algumas famílias? O que está havendo, e não faz pouco tempo, é que esse dia está dividido, discriminando a sociedade, pois quem é pobre se vale de comprar brinquedos que valem pouco, mas sem serem sofisticados e pouco duráveis e quem tem melhores condições, ainda consegue comprar um brinquedo de mais valor com melhor qualidade, embora fique individado o ano inteiro.

 

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Existe uma terceira possibilidade de divisão hierárquica: há os que já tem o mundo em contato com a tecnologia e estes a gente nunca alcança. São os filhinhos de papai que só querem ganhar aparelhos eletrônicos e não querem presentinhos abaixo disso não. Vê-se pais saindo das lojas de eletrônicos, levando consigo play station, mini computadores, máquinas que falam, celulares, jogos, enfim, há um leque maior de opções de artigos verdadeiramente sofisticados e de estupendos disigns que agradam até aos adolescentes maiores, que dirá as crianças menores.

E, falando de idades, não se consegue mais distinguir quem é de menor idade ou de maior. Hoje, vivemos numa maresia de confusão em relação a este aspecto. Às vezes, deparamos-nos com crianças que já querem ser adultos, outras vezes, deparamos-nos com adultos que querem ser crianças. Os pais são os verdadeiros culpados neste desequilíbrio de idade entre os filhos por não saberem dar os limites nas ofertas. Para se livrarem do apego dessas crianças, as enchem de TVs e de produtos eletrônicos, deixando-as incapazes de enxergarem os limites da liberdade. Estão se enganando a si próprios, pois o principal eles estão perdendo: o amor dos filhos. Como se pode hoje em dia ter o reconhecimento do nosso trabalho de criação familiar e de educação se negamos toda a nossa atenção aos nossos filhos que era um legado deixado por nossos pais? Nós, no passado, podíamos não ter um brinquedo eletrônico, mas tínhamos a atenção e o carinho dos nossos pais.

 

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Então, para concluir, nós éramos e fomos crianças muito mais felizes que as de hoje. Nós formamos uma população de seres educados, respaldados no amor da família cristã e as gentes nascidas dessa época, são mal educadas, rebeldes, precoces e egocêntricas e ainda consumidoras de produtos supérfulos. Elas são artificiais, são manipuladas por TVs, são manipuladas pela era digital. São carentes, são desamadas, são frias, são sem direção na vida, crescem sem rumo, crescem sem inteligência por não acostumarem a mente em cálculos matemáticos (usam máquinas calculadoras para fazerem contas aritméticas), são preguiçosas para pensar, são lentas para caminhar e são obesas por comerem muito chilito e outras bobozeiras que a mídia inventa.

Enfim, perdemos a nossa verdadeira identidade nacional, cristã, familiar e educacional e de instrução institucional. Nós somos passados para trás porque não conseguimos acompanhar a velocidade dessa mudança e nem tampouco, aceitamos esta mudança. Fazer o que? Se a gente não seguir, seremos descartados imediatamente por nossos filhos, netos e bisnetos, etc. Seremos tachados de coroas cafonas, antigões. Nossa amargura está centrada na ruptura de um fazer social de valor significativo que construímos no passado junto com nossos pais e antepassados destes.

Vamos então, aceitar pacificamente que o dia das crianças seja um entre tantos outros dias em que se comemora um feriado cuja intenção seja os interesses de lucros e ganhos dos empresários e das famílias que se beneficiam com os itens de compra e também mais um dia sem trabalho e muita cachaça, cerveja iguais aos dias atribuídos à copa do mundo. Brasileiro é brasileiro. Bestas e ingênuos, capazes de serem induzidos pelas propagandas ou atitudes externas que os atraem para a preguiça e curtição do não fazer nada difícil, porque  é gostoso ficar preguiçoso, sem ter muito o que fazer. Feriado é feriado e isso tem um significado: curtir, beber, comer, ver novelas, não fazer nada, etc. Vivemos à sombra da nossa própria morte.

domingo, 14 de março de 2010

SÃO JOSÉ, O SANTO PADROEIRO DO HOMEM SERTANEJO

 JOSEPH

Estamos às vésperas do feriado de São José e o povo nordestino está aflito porque é supersticioso. Segundo a superstição dos cearenses, se até o dia 19 de março não cair uma chuvinha para refrescar a terra, teremos horrores na lavoura e o calor vai determinar um clima de matar, não somente, os animais de sede e fome, como o próprio homem que vive da água e da comida que a própria natureza lhe dá.

Agora, imagine no nosso clima como está, como as pessoas estão reclamando do suor que estão derramando, a terra está abafada e nós não estamos mais suportando, já chegou ao nosso último limite. Já imaginou então, se não chover? Como é que não vai ficar o homem do campo e também da capital? Temos mesmo é que fazer ainda uma fézinha e pedir ao nosso santinho que nos mande uma chuvinha para abrandar o calor.

Ele nunca nos faltou. Portanto, temos que acreditar, sim, que ele fará a nossa vontade.

 

ORAÇÃO A SÃO JOSÉ
A vós, S. José, recorremos em nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio de Vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança solicitamos também o Vosso patrocínio. Por este laço sagrado de caridade que Vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente Vos suplicamos que lanceis um olhar benigno para a herança que Jesus Cristo conquistou com seu Sangue, e nos socorrais em nossas necessidades com o Vosso auxílio e poder.
Protegei, ó Guarda providente da Divina Família, a raça eleita de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício. Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas; e assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus contra as ciladas de seus inimigos e contra toda adversidade. Amparai a cada um de nós com o Vosso constante patrocínio a fim de que, a Vosso exemplo e sustentados por Vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança.
Amém.